Vestir-se no século XXI
COMO JESUS E MARIA SE VESTIRIAM NOS DIAS
ATUAIS ?
Jesus foi uma pessoa que em suas atitudes é louvável
de ser seguido. Isso vale entre cristãos e não cristãos. Maria, Mãe de Jesus
(Deus), foi um grande exemplo de mulher; o que é incontestável, especialmente entre
os que seguem a bíblia e o Novo Testamento.
Não é possível precisar como Jesus e Maria se
vestiriam nos dias de hoje. Provavelmente usariam roupas confortáveis seguindo
o padrão médio da sociedade. Jesus, por exemplo, uma calça de sarja ou jeans e
uma camisa de colarinho ou gola pólo. Maria, por sua vez, vestido ou calça tipo
pantalona. É pouco provável que Jesus andasse de terno e gravata e Maria de
vestido de gala em quaisquer situações.
Mas, a partir do final do Século XX a forma de se
vestir tornou-se muito variada, seja pela diversidade cultural entre os povos,
seja pela expansão da indústria têxtil e o acesso ao crédito, necessidade de
autoafirmação por uma pretensão liberdade individual em detrimento da
coletividade, entre outros fatores. Tudo isso somado ao fato de haver uma
grande mudança de valores, bem como por uma infeliz relativização em que tudo
(ou quase tudo) é permitido ou comprável. “Apesar de tudo ser permitido, nem
tudo convém”.
Assim, chegamos a um questionamento: será que Jesus
usaria uma bermuda? E Maria uma saia um pouco mais curta? Com toda certeza se o
fizessem, fariam isso apenas se estivessem na praia ou ambiente muito íntimo e
informal. Certamente não entrariam no Templo do Senhor (Igreja) com trajes
dessa natureza [poderíamos acrescentar aqui a sala de aula e outros ambientes
coletivos].
O que vemos hoje: em batizados e, sobretudo, em
casamentos são homens bem vestidos, de terno e gravata; mulheres com roupas bonitas
[às vezes decotadas ou marcando as roupas íntimas]. Isso não deixar de ser uma
forma de prestigiar o batizando, seus pais, os noivos. [Às vezes é para se
destacar/aparecer perante aos demais convidados.]
Então surgem perguntas que não querem calar: Por que
não nos vestirmos de forma mais adequada, especialmente para irmos à Igreja
adorar, louvar e receber o Senhor? (por exemplo, nas missas, cultos e
cerimônias que não envolvam casamentos e batizados). Por que ir de regata, calção/shorts, uniforme ou camisa de time, chinelo
de dedo? [os franciscanos usam chinelos, mas nem por isso são vulgares].
Por que mini blusas, decotes profundos, “tomara que
caia”, “blusa com costa de fora”, bermudinhas, mini saias, calça legging? Por que se vestir como as
atrizes de TV? Por que mostrar as tatuagens em partes mais “reservadas” do
corpo? No mínimo são convites para se olhar.
Apesar de sabido, porém não falado abertamente, é
verdade que, até por questão instintiva, os homens se sentem mais atraído pelo
corpo das mulheres do que elas pelo corpo deles (apesar disso acontecer também).
E isso é altamente potencializado pelo tipo de traje.
Longe de estar defendendo o que vou relatar, é apenas
para ilustrar; isso tanto é verdade que em alguns países as mulheres precisam
cobrir o corpo por inteiro. Dentro do templo, algumas religiões chegam a alocar
mulheres de um lado e homens do outro. Outras religiões proíbem o uso de calça
e roupas apertadas para as mulheres.
Recentemente, foi divulgada uma matéria com atores
renomados de teatros, os quais diziam que durante a apresentação, às vezes,
surgem luzes no meio da escuridão da plateia. Essas luzes são decorrentes do
uso de smathphones por expectadores
que, apesar de não fazerem barulho, fazem com que o ator tenha que se
concentrar muito mais em não olhar para luz (para não perder o foco do que está
fazendo) do que no texto em si. De certa forma, é o que tem acontecido, as
pessoas precisam se concentrar mais em não olhar aquele(a) que está chamando a
atenção pelo traje do que no que foi fazer na Igreja. Muitos “paroquianos”
estão com dificuldade em manter a atenção na celebração. Isso mesmo
considerando que ninguém vai à Igreja para ficar olhando os dotes físicos ou os
trajes dos outros [pelo menos em teoria].
Assim, em pleno Século XXI, com ninguém mais aceitando
imposição de comportamento, muito menos de vestuário, uma forma muito
interessante seria a de que cada um(a) perguntasse e pedisse luzes a Jesus sobre
qual a roupa adequada para cada ocasião, notadamente para ir à Igreja. Devo ser
discreto(a) ou devo pensar apenas em mim, chamando a atenção, escandalizando e
prejudicando a concentração do meu próximo(a)? Devo, em nome de uma pseudo
“liberdade pessoal”, colocar-me em detrimento da coletividade? Meu traje vai
agradar a Deus ou ao ... ?
Na Paróquia Rainha do Universo (Londrina-PR), por inspiração divina, a
seu tempo, o falecido Padre Ivo Dalcenter colocou uma placa na entrada da
Igreja: “Este lugar é sagrado e merece
traje adequado”. Em São Paulo-SP,
na catedral da Arquidiocese de São Miguel Paulista há uma placa na entrada com
os seguintes dizeres: “Veja se está
vestido(a) de forma condizente com o ambiente”. (Ainda em Londrina-PR,
na paróquia São Vicente de Paulo, há placas nas três entradas: “Por gentileza a
partir deste momento desligue: o celular, tablet ou aparelho eletrônico. Agora
só falando com Deus.” - outro problema a ser enfrentado pela Igreja, o uso
desordenado da tecnologia durante as celebrações -).
I Timóteo, 2, 9 “...que as mulheres [e os homens] se vistam modestamente, com decência e
discrição...”