A ocasião faz o ladrão
ATENTADOS E ABUSOS CONTRA MULHERES
Os problemas com assaltos, estupros (quando envolve
conjunção carnal entre homem e mulher sem o consentimento desta), atentados
violentos ao pudor (os atos de cunho sexual sem consentimento da vítima, pode
ser também entre homens ou entre mulheres), desvio de dinheiro e outros crimes
não são uma novidade do nosso tempo. Existem desde os primórdios.
Mas não se pode negar que cada vez mais esses
problemas se potencializam, como, por exemplo, no caso de furto (sem ameaça à
vítima) e roubo (com ameaça ou violência) em que isso tem se tornado crônico;
sobretudo no Brasil em razão da proliferação do uso do crack, desigualdade socioeconômica e cultural, sentimento de
impunidade, falta de uma política preventiva e de inclusão social, péssimo
nível das escolas públicas, imaturidade quanto ao “ter” em detrimento do “ser”,
entre outros fatores.
Vejamos o noticiário dos últimos tempos. Tem aumentado
muito os casos de assédios contra mulheres no Brasil, em especial nas cidades
grandes e nos transportes coletivos [sobretudo em ônibus, trens e metros].
Possíveis explicações: há cada vez mais “doentes de
ordem psicológica e psiquiátrica” - muitas vezes - potencializados por
problemas afetivos e/ou abusivos durante a infância, isolamento pelo uso
excessivo da tecnologia da informação, etc. São pessoas que não conseguem se
relacionar pelo modo mais convencional, por isso acabam cometendo atrocidades
contra pessoas, principalmente homens contra as mulheres, o que precisa ser
punido (e/ou tratado).
Outra possível explicação: sob o pretexto de estarmos
num país tropical (quente), em que cada um se veste como bem entende, no Brasil
o que vemos nos últimos anos são os trajes de praia saindo da beira-mar para
dentro do continente. Explico.
Não apenas elas, mas muitas mulheres acabam usando
roupas que são inconvenientes para as ocasiões, seja porque as roupas marcam a
silueta, decotes profundos, micro-saias ou shorts, etc. [os homens também têm
vulgarizado seus trajes, é bem verdade!]. Mas, ressalte-se, em nenhuma hipótese
há justificativa para um homem atentar contra uma mulher que esteja com qualquer
tipo de roupa.
Como se sabe, muitas vezes às mulheres capricham no
visual mais para “disputar” com as outras (mulheres) do que efetivamente chamar
a atenção dos homens.
Os homens de bom caráter e desimpedidos, sem dúvida,
podem sentir-se atraídos pelo visual feminino, e tendo interesse se aproximaram
de forma adequada [isso não chega a ser um problema; é natural no reino animal aonde
machos e fêmeas têm métodos próprios de aproximação].
[Aqui não se trata de visão machista, apenas de um
homem que está refletindo sobre o assunto.] Mesmo após a igualdade de direitos
entre os sexos e a afirmação da mulher na sociedade, alguém já presenciou uma
mulher mexendo com um homem com um “psiu” ou “esse é o genro que minha mãe
pediu a Deus”?
Isso é extremamente raro, acontece somente quanto há
um grupo de mulheres em que uma quer fazer gracinha às demais. O contrário
acontece com o homem; se ele tiver que fazer isso o faz independentemente de
ter amigos lhe acompanhando; sentiu-se atraído ele mexe (se não mexer pelo
menos alguma coisa passa pela sua cabeça). Lamentavelmente, isso também é feito
por muitos homens comprometidos, por colocarem a emoção a frente da razão.
Além disso, (como parece retratar livros do gênero
“Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor” e “Homens são de marte,
mulheres são de Vênus”) homens têm uma necessidade de olhar as mulheres de
forma insistente (e às vezes constrangedoras); diferenciando-se dos olhares
discretos das mulheres.
Alguém poderá dizer que, mesmo em países onde mulheres
vestem-se por inteiro, cobrindo todo o corpo inclusive o rosto [o que é um
extremo], há os mesmos problemas, sendo que às vezes, por serem ainda países de
leis e culturas “machistas”, a maioria dos casos fica na impunidade.
Isso é verdade! Mas o número de atentados às mulheres nestes
lugares é infinitamente menor do que onde se exibe o corpo demasiada e inadequadamente.
Muitos homens estrangeiros chegam ao Brasil e
encantam-se com a beleza das brasileiras, o que é incontestável. Alguns vêem em
busca de turismo sexual - é verdade - ou a procura de casamento. Contudo, boa
parte dos homens do exterior não é favorável ao exibicionismo inadequado do
corpo feminino, vendo isso inclusive de forma pejorativa.
Por fim, para protegermos nosso patrimônio da
crescente onda de “assaltos”, colocamos cerca elétrica, andamos de carro com
vidros fechados ou blindados (para quem pode) e contratamos seguro como formas
de prevenção. Então, por que não prevenir também os atentados e assédios? Por
que não proteger nosso “patrimônio físico, emocional e moral”? Isso porque, como
sempre repete a minha mãe: “a ocasião faz o ladrão”.
Embora existam tarados e psicopatas, particularmente
não me lembro de ver um homem mexer com uma mulher que estivesse discretamente
trajada.
Obs.: artigo sob o crivo de duas mulheres.